domingo, 18 de julho de 2010

Ode à roda da Fortuna


"Criais o destino que enclausura
Vós que maculais a'lma e petrificais o coração
Vós que em que não há verdade ou redenção
Legais a mim a vida com usura

Diz-me o destino, a elegia dos sons
Mostra o caminho maldito pela fé
Ocultais a beleza contida no tripé
Vede o que reservado é aos que não são bons

Cantai a mim a minha sorte
Rogo-vos, que seja a morte
E, em profunda alegria,

Legarei minha sina à Corte,
Entregarei minh'alma ao açoite,
e velar-vos-ei eterno, noite e dia."



Feito em noite de tempestades, na qual em mim imperava a iniquidade.

Um comentário:

Maria disse...

Pois esta mesma iniquidade foi o impulso para algo tão belo...viva os paradoxismos e tudo mais que nos faz renascer...beijo.