quarta-feira, 5 de setembro de 2007



Ó chuva! Sobre mim
cais, inunda,
por mais que eu confunda
Não sinto um fim. 

Sei que tu, eu sinto,                                                  
me muda,e assim me 
desnuda, como se
O que sou fosse extinto

E o instinto grita
Me faz fera
ferida, que ruge austera
E que luta, se irrita

Essa chuva que me devolve
à brava natureza
deixa-me a incerteza
de tudo aquilo a que envolve!

É tempestade, tormenta
uma luta incessante
que ao meu coração amante
intriga e ao mal fomenta.

Chuva, vá, vá embora
e devolva a mim o que sei,
pois, desde que vos versifiquei
Tudo cá, cá dentro chora! 

5 comentários:

Sérgio Luiz Rocha disse...

Meu caro, há um toque de magia gótica no teu verso que, obviamente, transmite muita dor...não sou crítico, ao contrário, tu sabes, também busco criar, contudo, preciso me acostumar a esse teu universo, por hora as imagens me comoveram mais que as palavras, insisto por hora.
Abraço!!!
Sérgio Luyz Rocha
http://www.tramabacana.zip.net

Pí Ême. disse...

Sim, podes visitar, sempre que quiser.
É só um simplório blog, que é meu confidente de minhas angústias e felicidades.
Gostei daqui também.
;)

Como me achou?

abraço.

Tempestades Internas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tempestades Internas disse...

"Chuvas e tempestades ao coração, sem resposta e incerto." Muito bom!! Visite-me. Abraço.

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Belo poema, denso, intenso, dolorido. Um beijinho com chuva de cores para ti.